Fonte: elDiário.es
Com o aumento global do turismo, várias cidades e países estão adotando medidas para controlar o fluxo de visitantes e preservar os seus recursos naturais e culturais. Assim, este artigo explora as diversas estratégias implementadas para o controle do turismo excessivo, destacando exemplos significativos ao redor do mundo.
Índice de Conteúdo
Toggle- Amsterdã: A Mais Ativa no Controle do Turismo
- Medidas em Outras Cidades Europeias para o Controle do Turismo
- Restrições no Reino Unido e Noruega
- Ilhas Faroé e Islândia: Controles Rigorosos
- Polônia e Suíça: Pressões Locais e Internacionais
- Restrições na Grécia e Croácia
- América Latina: Abordagens Diferentes
- Ilhas Galápagos e Porto Rico
- República Dominicana e Cuba
- Medidas na Ásia e África para o Controle do Turismo
Amsterdã: A Mais Ativa no Controle do Turismo
Amsterdã, na Holanda, é um exemplo de cidade que toma medidas proativas para o controle do turismo. Os viajantes que pernoitam em hotéis pagam uma taxa de 17 euros por pessoa e noite. Além disso, a cidade reduziu a emissão de novas licenças para a construção de hotéis e diminuiu o número de cruzeiros fluviais. Contudo, a cidade está focada em desencorajar o turismo de sexo e drogas. Atualmente, transferiu o Bairro da Luz Vermelha para longe do centro histórico. Bem como, impondo restrições ao uso de drogas leves em espaços públicos.
Medidas em Outras Cidades Europeias para o Controle do Turismo
Veneza, na Itália, foi a primeira cidade a cobrar uma taxa de entrada de cinco euros para quem a visita sem pernoitar. A cidade recebe 30 milhões de visitantes anuais, enquanto o seu centro histórico abriga menos de 50 mil residentes. Do mesmo modo, a França, Mont Saint Michel e outros locais populares, como os penhascos de Etretat e o Parque Nacional de Calanques, limitaram o número de visitantes.
Restrições no Reino Unido e Noruega
No Reino Unido, áreas como Bath e Somerset anunciaram limitações na circulação pelo centro das cidades devido ao grande número de turistas. Na Noruega, o governo desenvolve uma lei que permitirá que municípios costeiros cobrem tarifas de visitantes. Já Copenhague, considera medidas semelhantes.
Ilhas Faroé e Islândia: Controles Rigorosos
As Ilhas Faroé, na Dinamarca, aprovaram uma taxa de 20 coroas dinamarquesas por dia para acesso às trilhas de caminhada. Da mesma forma, na Islândia, o porto de Isafjordur limitou o número de visitantes desembarcando de cruzeiros para cinco mil por dia.
Polônia e Suíça: Pressões Locais e Internacionais
Na Polônia, o acesso a enclaves naturais foi fechado devido à pressão de empresários do turismo. As empresas muitas vezes preferem pagar multas a perderem clientes. Da mesma forma, na Suíça, vilas como Lauterbrunnen e Iseltwald consideram cobrar taxas devido ao impacto do turismo promovido por influencers nas redes sociais.
Restrições na Grécia e Croácia
Na Grécia, havia um limite de 20 mil visitas diárias à Acrópole de Atenas. Já em Dubrovnik, na Croácia, reduziram o número de visitantes de cruzeiros para 4,5 mil por dia, diminuindo as visitas em 78% desde 2019.
América Latina: Abordagens Diferentes
Na Argentina, recebe o turismo de massa com menos resistência. No Chile, a pressão sobre os recursos naturais causa tensões. No Peru, o número de visitantes diários em Machu Picchu aumentou para 5, 6 mil, contrariando os critérios da Unesco. Na Colômbia, protestam contra o turismo sexual, enquanto na Costa Rica, impuseram restrições no Parque Nacional Manuel Antonio e no Vulcão Poás.
Ilhas Galápagos e Porto Rico
As Ilhas Galápagos, no Equador, aumentaram a taxa de entrada para evitar a superlotação. Em Porto Rico, a explosão de aluguéis por temporada gerou queixas de cidadãos, mas ainda não há regulamentação.
República Dominicana e Cuba
Na República Dominicana, há preocupações sobre o impacto do turismo nos ecossistemas costeiros, enquanto em Cuba, o problema é a falta de visitantes.
Medidas na Ásia e África para o Controle do Turismo
No Japão, o bairro das gueixas em Kyoto proibiu a entrada de turistas em algumas ruas devido ao assédio. Do mesmo modo, Em Fujikawaguchiko, limites diários de caminhantes foram impostos para escalar o Monte Fuji. No Sudeste Asiático, Bali introduziu um imposto turístico, e a Tailândia considera medidas semelhantes. Por fim, o Nepal aumentará a taxa para subir o Everest a partir de 2025. Já no Butão, além do visto, há uma taxa de desenvolvimento sustentável de 100 dólares por dia.
Portanto, as medidas para o controle do turismo excessivo variam de taxas de entrada a restrições de visitantes. Bem como, é essencial que destinos turísticos equilibrem o número de visitantes com a preservação dos seus recursos, garantindo uma experiência sustentável e agradável para todos.